PCP de Barcelos está preocupado com as alterações laborais propostas pelo governo

O PCP de Barcelos “está empenhado na denúncia das graves alterações laborais propostas e, junto com os trabalhadores está determinado no combate que é necessário travar para as derrotar” pode ler-se na nota de imprensa enviada às redações, onde a concelhia barcelense do Partido Comunista diz estar “atenta á realidade local. Uma realidade descrita, no mesmo documento a que a Rádio Barcelos teve acesso, como “as relações laborais caracterizam-se por baixos salários, com milhares de trabalhadores a receberem o salário mínimo nacional, e por uma elevada precariedade, com recurso abusivo a contratos a prazo e recibos verdes, muitos dos quais ilegais.
Os comunistas de Barcelos “saudam” ainda manifestação organizada pela CGTP-IN, que contou com a participação de 100 mil trabalhadores.

abaixo o comunicado do PCP na integra

Sobre as alterações laborais propostas pelo Governo

O Partido Comunista Português (PCP) saúda a manifestação organizada pela
CGTP-IN, que contou com a participação de 100 mil trabalhadores.
A expressiva adesão dos trabalhadores a este protesto demonstra claramente o
profundo descontentamento e a determinação em lutar contra as graves alterações
laborais propostas pelo governo PSD/CDS, com o apoio do Chega e da IL.
A legislação laboral vigente já é desfavorável aos trabalhadores, contendo normas
gravosas que precisam ser revogadas. A presente proposta de retrocesso, com
traços reminiscentes da Troika, não só mantém os aspetos profundamente
negativos, como procura piorar a vida de quem trabalha.
A luta encontrará uma nova e importante expressão na greve geral convocada pela
CGTP-IN para o dia 11 de Dezembro. Esta greve representa um aviso claro ao
governo, que se recusa a ouvir e a dialogar com os trabalhadores, ignorando as
suas propostas e insistindo em impor novas regras de exploração que agravam as
condições laborais e salariais. Face a esta intransigência, os trabalhadores não têm
outra alternativa senão intensificar a sua luta.
A greve geral convoca todos os trabalhadores a defenderem os seus direitos, a
exigirem melhores condições de vida e a combaterem a crescente exploração.
O PCP considera esta luta justa e necessária, e reafirma que o governo PSD/CDS,
ao servir os interesses do capital com o apoio do Chega e da IL, declara guerra aos
trabalhadores, promovendo uma agressão violenta aos seus direitos fundamentais.
Num contexto em que os lucros atingem valores obscenos, enquanto os
trabalhadores enfrentam sérias dificuldades, o aumento geral dos salários emerge

Comissão de Concelhia de Barcelos do Partido Comunista Português
como uma urgência nacional. No entanto, o governo insiste em agravar a situação
dos baixos salários e na desvalorização das profissões e carreiras.
O objetivo é intensificar a precariedade, implementar mecanismos que permitem o
trabalho não pago, desregular os horários de trabalho e dificultar ainda mais a
conciliação entre a vida familiar e profissional, procuram isolar o trabalhador e
prejudicar, senão mesmo impedir, a contratação coletiva.
Almejam ainda silenciar os trabalhadores, impondo graves limitações à sua
organização sindical e ao direito à greve.
No concelho de Barcelos, as relações laborais caracterizam-se por baixos salários,
com milhares de trabalhadores a receberem o salário mínimo nacional, e por uma
elevada precariedade, com recurso abusivo a contratos a prazo e recibos verdes,
muitos dos quais ilegais. Esta situação coloca os trabalhadores barcelenses numa
posição de vulnerabilidade, expostos ao agravamento das suas condições laborais e
ao retrocesso social e económico, conforme o preconizado pela proposta do
governo.
O PCP está empenhado na denúncia das graves alterações laborais propostas e,
junto com os trabalhadores, está determinado no combate que é necessário travar
para as derrotar.
A dura realidade que se vive atualmente e a incerteza quanto ao futuro exigem dos
trabalhadores uma participação determinada e combativa na greve geral convocada
pela CGTP-IN para o dia 11 de Dezembro.

Barcelos, 10 de Novembro 2025